
Perder é sempre muito ruim e doloroso . São poucas as pessoas que encontram a felicidade na perda. Ultimamente tenho perdido muito. Muitos "amigos" (eu diria colegas de Facul), muitas notas na faculdade, muitas possibilidades de festas, perdido pessoas que agora estão junto a Deus e principalmente, perdido um amor. Dessas perdas a que me doeu mais foi a última. Perder um amor, diga-se de passagem que embora nao correspondido, é uma situação extremamente angustiante, causa dor, dor e dor. Quando se inicia um relacionamento muitos são os planos feitos em nossa mente. Idealizamos uma pessoa que embora seus olhos vejam ela não exista, e justificamos fatos ou pelo menos procuramos motivos para justificar o quão defeituosa a pessoa é. E, de fato estamos tao sufocados por esse sentimento que eu ainda nao consegui definir, no qual o chamam de amor, que acreditamos que aquela pessoa é a ideal. As promessas de amizade verdadeira e eterna são feitas, os juramentos de cumplicidade são mascarosamente jurados todos os dias, o falso sentimento do "gostar muito" é cada vez mais pressionado em nossas cabeças, e de lá, para o coração. Depois de muito conhecer, muito ajudar e aceitar o defeito que o outro tem você se vê apaixonado e vai levando o relacionamento a diante. Então, a pessoa se vai. Fica a dor da perda. Fica a saudade. Fica o Amor. E o que faremos com isso? Comeremos muito chocolate durante uma semana, choraremos sempre ao escultar "aquela musica", mesmo que isso seja dentro de um táxi-lotação, beberemos até cair no chão e um amigo nos puxar pela cabeça e dizer: Levanta! Ai você se levanta, e vai para a casa. Começa a chorar é claro, mas tem a certeza, que mesmo que seu "amor" tenha ido o sentimento ficou. E o que verdadeiramente importa é isso. É fecharmos os olhos quando uma suave brisa passa no fim da tarde e sentir a presença daquela pessoa contigo, e realmente ela está. Dentro do seu coração. De fato se isso for bom e te fizer bem é que o "amor", mesmo estando escrito em aspas, aconteceu. E que por um tempo, não importa quanto, você foi feliz. Me recordo de um dia em que eu estava muito triste e, curiosamente fui ate o Google e pesquisei uma mensagem de despedida de um amor. Me deparei com um texto de Martha Medeiros, no qual postarei abaixo. Realmente ele me ajudou muito e me fez perceber o quão feliz eu fui ao lado de alguem que se foi. Só me resta agora a dor, A dor de quem se foi.
Existem duas dores de amor:
A primeira é quando a relação termina e a gente,
seguindo amando, tem que se acostumar com a ausência do outro,
com a sensação de perda, de rejeição e com a falta de perspectiva,
já que ainda estamos tão embrulhados na dor
que não conseguimos ver luz no fim do túnel.
A segunda dor é quando começamos a vislumbrar a luz no fim do túnel.
A mais dilacerante é a dor física da falta de beijos e abraços,
a dor de virar desimportante para o ser amado.
Mas, quando esta dor passa, começamos um outro ritual de despedida:
a dor de abandonar o amor que sentíamos.
A dor de esvaziar o coração, de remover a saudade, de ficar livre,
sem sentimento especial por aquela pessoa. Dói também...
Na verdade, ficamos apegados ao amor tanto quanto à pessoa que o gerou.
Muitas pessoas reclamam por não conseguir se desprender de alguém.
É que, sem se darem conta, não querem se desprender.
Aquele amor, mesmo não retribuído, tornou-se um souvenir,
lembrança de uma época bonita que foi vivida...
Passou a ser um bem de valor inestimável, é uma sensação à qual
a gente se apega. Faz parte de nós.
Queremos, logicamente, voltar a ser alegres e disponíveis,
mas para isso é preciso abrir mão de algo que nos foi caro por muito tempo,
que de certa maneira entranhou-se na gente,
e que só com muito esforço é possível alforriar.
É uma dor mais amena, quase imperceptível.
Talvez, por isso, costuma durar mais do que a 'dor-de-cotovelo'
propriamente dita. É uma dor que nos confunde.
Parece ser aquela mesma dor primeira, mas já é outra. A pessoa que nos
deixou já não nos interessa mais, mas interessa o amor que sentíamos por
ela, aquele amor que nos justificava como seres humanos,
que nos colocava dentro das estatísticas: "Eu amo, logo existo".
É o arremate de uma história que terminou,
externamente, sem nossa concordância,
mas que precisa também sair de dentro da gente...
E só então a gente poderá amar, de novo.
É isso pessoal, espero quegostem e que isso ajude alguem!
Rafael Lara